O Movimento Impressionista para mim, foi uma celebração da alegria de viver, da luz, da cor. Para quem não sabe, no final do século XIX, a invenção da fotografia e outras descobertas, bem como o novo estilo de vida proposto pela modernidade, influenciou um grupo de pintores, que desapegando-se do estilo acadêmico de pintar da escola de Belas Artes, decidiu mostar a realidade através de pinturas que reproduziam a incidência real da luz sobre as superfícies.
Já não se criava mais telas delimitadas, regidas por leis de luz e sombra, perspectiva… valorizava-se mais os pontos de luz e cor que nossos olhos interpretam como imagens, deliciava-se pintando ao ar livre, à luz natural. É claro que como tudo que é novo, as obras desses pintores geniais e vanguardistas foi rejeitada no famoso Salão de Paris – e foram expostas paralelamente no “Salão dos Rejeitados” sofrendo duras críticas. O título “impressionista” por sinal, era um nome pejorativo, referindo-se à nova técnica desse pintores.
Essa introdução toda foi para começar a falar de outro de meus pintores favoritos: Pierre Auguste Renoir, um desses gênios mal compreendidos que revolucionou para sempre a pintura… porque vocês devem saber, se a pintura não fosse libertada da função de apenas retratar a vida como ela é, nõs não teríamos posteriormente Picasso, Miró, Portinari e tantos outros!
Renoir nasceu em 1841 e morreu em 1919. Começou sua carreira como artesão, talvez tenha sido assim que se descobriu com talento para as Belas Artes. Gosto de dizer que ele era o pintor da Felicidade, porque certa vez li uma frase dele que me marcou… ela dizia que a vida já tinha muitas tristezas, tragédias e acontecimentos infelizes, pra quê então ele pintaria tais coisas, sua missão como artista era fazer telas que inspirassem as pessoas a ficarem felizes… e tenho que dizer, acho que nosso amigo conseguiu, talvez por isso seja um pintor tão conhecido e popular mesmo entre quem nem conhece tanto de arte.
As cores, as cenas ao ar livre de Renoir são incomparáveis, ele tinha uma sensibilidade impressionante em retratar crianças e animais de estimação, sua marca eram as rosinhas perfeitas com que adornava as telas aqui e alí, talvez herança dos tempos de artesão, em que ele pintava porcelana.
E foi assim, deixando a tristeza e melancolia para a vida cotidiana, e pintando apenas o que trouxesse paz, alegria e amor à alma, Renoir viveu seus 78 anos… dizem que ele não passou sequer um dia sem pintar. Que no final da vida teve oportunidade de visitar no Louvre, seus quadros entre os quadros dos grandes mestres da pintura, e creio que ele deixou de uma maneira linda sua marca no mundo…
Pelo menos por mim, posso dizer que Renoir com suas obras, foi responsável por muitos sorrisos.
E vocês? Algum quadro os fez sorrir?
07/05/2009 às 00:02
Oi Cleide, amei !
É um dos meus pintores favoritos.
Muito lindo olho e fico emocionanda, tem vida!
Gosto das pinturas do vaso e as meninas Cahen.
Energia bacana!
Parabens!
beijos
Drica
12/05/2009 às 23:25
É verdade que tememos o novo, quando se fala em tecnologia no mundo das artes o povo até arrepia mas…
pensemos bem: qual a função da tecnologia? Uma delas não é libertar os homens de funções que já se tornaram por demais sobrecarregantes? Viva a fotografia, viva o cinema, viva o computador… graças a essas e outras invenções mirabolantes os gênios puderam se libertar, demonstrar sua arte além do espaço comum.
È inegavel o bem que a camara fotográfica fez ao libertar as emoções de cores a tanto guardadas nos olhos desejosos de tantos e ao mesmo tempo libertando o olhar daqueles que não dispunham do talento com os pincéis, espatulas e trinchas, gente cansada de ver o todo e que pode enfim capturar os detalhes, gente cansada de só capturar os detalhes e que puderam abraçar o horizonte.
Viva a luz e viva o amarelo que nos enche os olhos de fome de novas luzes…
Beijos a todos.
28/05/2009 às 22:28
Amiga, que lindo! Amei! Todos as pinturas são maravilhosas, parecem sonhos…
Parabéns, seu blog tá super fofo!
Bjão!
28/05/2009 às 22:39
Esqueci de comentar: a última vez que fui no Masp (no Enarel/2008) vi o “Rosa e Azul” e foi um dos quadros que mais me impressionou pela delicadeza que transmite. Até comprei na lojinha um cartão postal desse quadro. Depois te mostro. Bjão!
29/05/2009 às 16:50
Que legal Tati! Daquela primeira vez que fomos ele não estava exposto, mas eu sabia que ele é do acervo do MASP. Sabia que quem encomendou o quadro não gostou do resultado? Vai entender o gosto das pessoas né?
15/10/2009 às 23:21
Gostei demais, até porque Renoir é também para mim um pintor extraordinário, que teve a coragem de ecolher e focar o melhor da vida, as cenas felizes… as crianças… as flores… há que se ter coragem para retratar a felicidade, quando a maioria de nós perde tanto tempo e energia criando e falando de coisas negativas!
30/01/2010 às 18:31
[…] https://cleidescully.wordpress.com/2009/05/06/o-pintor-da-felicidade/ […]
22/06/2010 às 01:42
[…] https://cleidescully.wordpress.com/2009/05/06/o-pintor-da-felicidade/ […]
02/07/2010 às 00:22
Show de bola… Fiz um mini-post com as 10 obras de arte mais famosas do mundo.
Parabéns pelo blog.
02/07/2010 às 01:27
Oi Cesar, passa o link do seu mini post!
Obrigada pela visita!
23/01/2013 às 15:26
Olá minha vizinha tem dois quadros do Renoir como faço para saber se é verdadeiro e quantos custa cada um.um é o Jeanus filles au piano e o outro é as crianças ou as meninas de Cahen,aguardo resposta desde já agradeço!
29/01/2013 às 01:05
Cara Cássia, dificilmente seriam originais, creio que o Jeunes Filles au piano faça parte do acervo do Museu D’Orsay. O segundo, é do acervo do MASP. Geralmente apenas pessoas milionárias, colecionadores ou museus têm condições de comprar e manter este tipo de obra, custam milhões de reais.